09 fevereiro, 2012

Xixi na cama. O que fazer?

 

Durante o Desenvolvimento Infantil é comum que em algum momento a criança comece a apresentar um comportamento que deixa os pais bastante apreensivos - A Enurese Noturna. 

Porém, há vários fatores que vão desde o hábitos errôneos como: deixar a criança ingerir líquidos minutos antes de ir para a cama; não levar a criança ou pedir que a mesma faça xixi antes de se deitar e fatores emocionais como terror noturno, sonhos agitados que a criança possa ter, ansiedade, medo de levantar sozinha no meio da noite para ir ao banheiro.

No último caso sempre sugerimos aos pais que deixe uma lâmpada acessa que possibilite e encoraje a ida noturna ao banheiro. A dica mais importante segue agora - não se deve brigar com a criança pelo fato da mesma ter feito xixi na cama. Acredite - tal comportamento não é intencional e brigar com a mesma só vai fazê-la sentir-se pior, temerosa, insegura. Percepções errôneas de si mesma que não queremos que a mesma internalize.

Alguns pais têm adotado a postura de obrigar a criança a lavar a roupa de cama e o colchão quando as mesmas fazem xixi na cama. Acreditando que agindo assim a criança irá se responsabilizar por tal ato e irá cessar tal comportamento. Há pais e/ou familiares que ameaçam a criança dizendo que se ela continuar fazendo xixi na cama vão contar para as pessoas mais próximas do convívio da mesma como coleguinhas do colégio, vizinhos e até para familiares que visitam a criança esporadicamente.

Particularmente vejo como saída mais terapêutica o carinho, a compreensão a não valorização exacerbada do ocorrido. Fazendo com que a própria criança não desperte uma espécie de agitação, medo, ansiedade com medo de dormir - para não fazer xixi.

A enurese noturna, não raro, tende a ser um comportamento cuja extinção se dá de forma natural pela própria criança por volta dos 5 anos de idade. Levando em consideração que poderá ser prolongada para além dos 5 anos quando "esconder" questões emocionais por trás da mesma. Caso o comportamento persista por um período que vá além do citado acima. Sugiro buscar ajuda de profissionais da Psicologia e da Pediatria para acompanhar tais questões.


Daniele P. de Souza

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