A ansiedade por uma questão biológica sempre acompanhou o ser humano ao longo da sua jornada. O que se apresenta de novo na atualidade, são as descobertas que englobam o manejo dos tipos e efeitos da ansiedade sobre a díade (mente-corpo).
Entende-se, portanto, que todo ser humano possui um potencial ansioso de caráter fisiológico que atribui o sentimento de (medo) inerente à todos os tipos e subtipos de ansiedade.
É exatamente neste momento em que o Psicólogo deverá ser capaz de diferenciar causas orgânicas das causas funcionais, pois algumas causas orgânicas podem ser facilmente confundidas com Transtornos Psiquiátricos.
Em uma avaliação apressada, por exemplo, seria facilmente compreensível que uma agitação motora fosse interpretada como sinônimo de ansiedade. Há uma ligação lógica mas nem portanto verídica em 100% dos casos.
O hospital, por si só, é um ambiente cujo significado já se encontra "internalizado" por cada um de nós, uma vez que representa um ambiente de dor/sofrimento, perda da autonomia sobre si mesmo e sobre o seu corpo, etc.
Frente a estas questões tão importante quanto o acompanhamento psicológico no pré-cirúrgico igualmente importante se faz o mesmo no pós-cirúrgico. Uma vez que somos seres dinâmicos e a percepção real do corpo (agora visível, sentido e percebido) como "cortado", "costurado" e "violado" poderá desencadear um turbilhão de emoções que se não forem acompanhadas por um psicólogo poderão cruzar a linha tênue que separa o normal do patológico.
E neste campo temos a dimensão multifacetada de vários transtornos que podem existir e/ou coexistir dentro de uma estrutura "saudável" de personalidade que só precisava de um "gatilho" para desencadeá-los como: Transtornos da Alimentação, Transtornos do Humor, Transtornos da Ansiedade e para encurtar a lista- Transtornos Somatoformes.
Se atualmente você está passando por uma fase de recuperação pós-cirúrgica ou acompanha um ente querido ou conhecido neste momento de sua vida e percebe que o mesmo vem tendo episódios de oscilação do humor e/ou comportamento como um todo, solicite ajuda do setor de Psicologia em que fora realizada a cirurgia, ou peça um encaminhamento para o setor mais próximo à sua residência.
Ou se for o caso, há a possibilidade de contar com os serviços de visita domiciliar conhecido como Home Care. O que importa é dar a devida atenção ao caso que muitas vezes é percebido pela família como "frescura" ou "necessidade de chamar a atenção". Quando na verdade, nada mais é do que um caso real de adaptação que inspira cuidados de um profissional treinado para tal fim.
Por Dani Souza