02 junho, 2012

Gravidez Psicológica?


A gravidez psicológica (pseudogestação) de forma simplificada é uma fantasia delirante. Ou seja, a mulher está tão convicta da sua gravidez que o corpo começa a demonstrar sintomas idênticos aos de uma gravidez fisiológica (onde há a presença do feto).

 Incluindo modificação no comportamento como se realmente estivesse gestante. Porém, basta um simples exame ginecológico para comprovar que não há feto, portanto, não há gestação.

Mesmo diante de diagnóstico médico a mulher não se convence de que as sensações físicas sejam criações da sua mente e reflexo de um desejo que tem sua origens e motivações diversas. Tal quadro é mais comum em mulheres que já passaram por abortos espontâneos, ou aquelas que são "loucas" para engravidar e já tentaram várias vezes sem obter sucesso.

O poder da sugestão é tão grande e o desejo tão verdadeiro que o corpo começa a refletir mudanças físicas que se assemelham a uma gestação fisiológica. Ocorrem mudanças na pele, pode haver uma leve queda capilar, enjoos, desejos, retenção líquida, idas mais frequentes ao banheiro e crescimento dos seios e da barriga que na gravidez psicológica (sem a presença de tumor) há apenas tecido adiposo (gordura) devido ao aumento da ingestão de alimentos- como a mulher acredita que está grávida ela passa a ingerir o dobro de alimento que o de costume.

Para a família, entender a gravidez psicológica poderá ser difícil e algumas famílias tendem a achar que não passa de necessidade de chamar atenção, que a pessoa está fazendo de propósito. O que acaba gerando tratamentos hostis em relação a mulher acometida pelo problema. Como contornar a situação? Em tais casos é aconselhável que o companheiro (em principal) seguido da família adotem uma postura mais acolhedora, carinhosa e respeitosa com os anseios, os medos e as expectativas da mulher que verdadeiramente se percebe grávida e acredita veementemente na sua gestação.

É aconselhável que a família busque ajuda de um psicólogo. Porque a  mulher não irá procurar espontaneamente pelo mesmo, pois realmente se percebe grávida. Não se trata de uma mentira, a gravidez psicológica é vivida pela mulher como uma gravidez real. Há casos em que tais síndromes são desenvolvidas a partir de um quadro clínico real como: síndrome dos ovários policísticos; tumor; câncer ou alterações hormonais. Em tais casos recomenda-se acompanhamento psicológico seguido de tratamento médico.

 A duração do tratamento varia de caso para caso. O sucesso será determinado pelo tratamento adequando e apoio psicossocial que a mulher obtém dos familiares, companheiro e da equipe responsável pela condução do caso. Em uma sociedade/cultura, onde é divulgada a ideia de que a mulher só será feliz e realizada se tiver filhos, não poder tê-los, poderá ser sentido como um fracasso, uma incapacidade. Crenças que só serão revertidas pelo viés do amor e da compreensão do que "ter um bebê" representaria para aquela pessoa.

Por Dani Souza





                          Saúde da mulher- Gravidez Psicológica
 

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