09 junho, 2012

Quando os adultos são adultescentes!




                      


A parte mais difícil em se responsabilizar pela vida, pelas escolhas e principalmente pelo desfecho que a própria vida "tomou" reside na questão de não aceitarmos as consequências dos nossos atos. Culturalmente, o brasileiro adora esperar por dias melhores, acreditar em um futuro melhor - mesmo que se encontre em uma profunda inércia, mesmo que não faça a sua parte, ele acredita em um milagre, sem se implicar no processo. 


Em um mundo onde as opções são diversas e as escolhas não refletem mais uma análise lógica e sim uma análise impulsiva, se decepcionar consigo mesmo e não aceitar a sua cota de culpa no processo tem se mostrado um movimento cada vez mais presente na dinâmica do comportamento global das pessoas que assim procedem.

O que mais chama a atenção neste movimento, é a geração de adultescentes que cresce assustadoramente. Há um número significativo de pessoas na "casa" dos 30 e 40 anos completamente infantilizados, irresponsáveis e sem a mínima condição de entender o ciclo de ação-reação que envolvem as suas próprias escolhas.

Atenção para uma constatação: Não há escolha neutra, toda escolha implica em ganhos e perdas. O esquivar-se, o não escolher já é uma escolha. E se você fez as contas e percebeu que perdeu mais que ganhou ao longo da vida, cabe a você refazer, repensar e replanejar a sua trajetória revisando as ferramentas e instrumentos que tem usado até agora para auxiliar nesse processo (mecanismos de defesa, padrões estereotipados de comportamento, ganhos secundários, etc).

Há muito no social de reforçador para tais atos. Não se implicar, não se responsabilizar pelos seus atos e consequentemente pelo desfecho dos mesmos tem muito a ver com o momento social de total permissividade que estamos enfrentando nas relações humanas. Se tudo é permitido, o balizador e normalizador do comportamento social passa ser o próprio indivíduo que decide o que deve ou não fazer, criando suas próprias regras e leis em uma espécie de "moral paralela."

A geração dos adultescentes conta com facilitadores dentro do próprio lar que, são pessoas que estão sempre encobrindo suas ações falhas, impulsivas, irresponsáveis e em alguns casos explosivas. E o pior, se responsabilizam pelos seus atos- extraindo de suas ações o fator aprendizado e culpabilizador- mecanismos tão necessários a uma reestruturação cognitiva. 

Se você não "paga o preço" pelo seu erro, não há aprendizado e a tendência é repetir em uma situação futura o mesmo comportamento. Os adultescentes de hoje são reflexos de uma criança que no passado não foi frustrada, contrariada e não aprendeu a ter limites. Como dar limites agora? Quem vai dar os limites? Basta somente pagar por terapia? Já dizia a minha avó:"Quando a vida não ensina pelo amor, ela ensina pela dor!" 




Por Dani Souza 




2 comentários:

  1. Boa Tarde,

    Dei uma passada por aqui em seu blog, e li algumas coisas interessantes, voltarei aqui mais vezes... Desejo sucesso em sua empreitada...

    Desculpe, por não fazer um comnentário a altura deste pôster... No momento, estou um pouco "atarefado", mas esteja certa que voltarei aqui com mais calma, para ler e comentar seus posters...

    to seguindo você aqui... e sou seu amigo lá no DIHLTT...

    GOSTARIA DE COMPARTILHAR ESSA MENSAGEM COM VOCÊ, POIS PENSO QUE ELA PODE EDIFICAR A SUA VIDA: http://naovosconformeiscomestemundo.blogspot.com.br/2012/06/superficalidade-ou-profundidade.html

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  2. Olá Jhonathan,

    Seja bem-vindo ao Psique também! Obrigada pelas palavras. Tento fazer posts que sejam interessantes. Sei que nem todos alcançam o objetivo,rsrsr. No demais manteremos contato sim. E fica de pé o convite para uma futura visita. Quando precisar falar comigo estou sempre por aqui no Psique, no Dihitt, por e-mail e assim fica aberto o nosso canal de comunicação. Forte abraço!

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